De acordo com a lenda, Izanagui e Izanami, a últimas das sete gerações de deuses, foram mandados pelas divindades celestiais para “completar a terra à deriva”. Izanagui mergulhou o seu arpão do céu dentro do oceano e depois o retirou, e a água salgada que dele pingou coagulou-se, formando a primeira Ilha, Ono-goro-jima. Os dois se tornaram, então, marido e mulher, e deram à luz às ilhas do Japão, bem como a vários deuses, entre eles os do vento, das montanhas e do fogo.
Ao dar à luz o deus do fogo, Izanami morre. Izanagui, após cortar o deus do fogo em cinco pedaços, vai encontrá-la no inferno. Izanami sente-se ofendida por ter sido seguida e ordena aos deuses que o persigam, mas ele escapa.
Assim, ao parar, Izanagui lava o seu olho esquerdo, nascendo Amaterassu, a Deusa do Sol, e, quando lava o seu olho direito, nasce a Deusa da Lua. Acredita-se que a expressão “lavar o olho” refere-se ao ato de verter lágrimas pela tristeza da perda definitiva da amante Izanami.
Existe uma frase no Kojiki que diz que a Coluna do Céu foi virada por ambos os deuses. Inicialmente, Izanami, a deusa esposa, virou no sentido anti-horário e o mundo não foi bem. Havia falhado, girando a favor da cultura material (sendo, na opinião de Meishu-Sama, a razão dela ter ido ao Inferno). Izanagui a repreendeu e girou o mundo no sentido horário. Girar no sentido anti-horário é colocar a matéria diante do espírito e girar no sentido horário o contrário. Curar com o Johrei é agir no sentido horário, como Izanagui-no-Mikoto.