O gosto do Mestre Jinsai por cinema era muito conhecido por todos. Ele inclusive deixou isso claramente expresso em pelo menos dois Ensinamentos (que podem ser lidos aqui e aqui). Além disso, era dono de um projetor de cinema (cuja foto em breve colocaremos na seção Imagens), e produziu três filmes (dois dos quais nossa equipe possui completos, um deles inclusive legendado em português, que logo também colocaremos no site).
Seguindo essa linha, a Equipe Jinsai gostaria de deixar a todos algumas dicas de filmes que, acreditamos, sejam de grande contribuição para a apreciação artística e para ilustrar melhor os conceitos que o Mestre explicou.
Gostaríamos, nesta seção, de pedir uma especial contribuição de todos, seja no debate dos filmes, seja em dicas de outros filmes. Obviamente, só postaremos aqui filmes que nós mesmos assistirmos, de modo a relacioná-los aos Ensinamentos do Mestre Jinsai. Além disso, não temos como fugir de uma análise subjetiva, mas procuraremos, o máximo possível, captar a essência do objetivo do cinema, conforme explanado pelo Mestre Jinsai.
Começaremos então falando de um filme de 2004, “As cinco pessoas que você encontra no Céu”, com o magnífico John Voight, vencedor do Oscar em 1978 pela sua atuação em “Amargo Regresso”, e em 1985 por “Expresso para o Inferno”. O roteiro deste filme é uma adaptação do romance “As cinco pessoas que encontramos no Céu”, de Mitch Albom.
O zelador do parque de diversões Eddie (John Voight), sofre um acidente no dia em que completa 83 anos e morre. Estando no “limbo” do Mundo Espiritual, ele encontra cinco pessoas com as quais teve alguma ligação durante a vida, cada qual com algo que ele tem que entender ou aprender. Aqui, ao contrário do que se espera, ele não encontra pessoas “óbvias” (familiares, amores, etc), mas pessoas que aparentemente nada têm a ver com ele, mas cujo destino, em algum momento, cruzou com o dele. Ao encontrar cada uma delas, é mostrada a história do relacionamento entre ambos, em forma de flash back, e no total temos uma ideia da vida de Eddie. O objetivo de tais encontros é resolver antigos mistérios, dissolver mágoas passadas, etc., de forma a que Eddie possa entrar no Mundo Espiritual e obter a paz. Inclusive, ele só encontra a pessoa seguinte quando a anterior o perdoa. E ainda, cada um desses espíritos também só pode “ascender” depois de ter passado a lição devida ao Eddie.
Com um final surpreendente (pois a última pessoa não é a que todo mundo imagina), o filme mostra muito bem as afinidades, o elo espiritual entre as pessoas, o destino e o karma coletivo. A cada experiência fica mais clara a grande importância de Eddie na vida de milhares de pessoas sem que ele se desse conta, provando que cada vida está ligada a outra de formas que muitas vezes não entendemos.
Título original: The five people you meet in heaven
Título no Brasil: As cinco pessoas que você encontra no Céu
País de origem: EUA
Gênero: Drama
Ano de lançamento: 2004
Duração: 160 min.
Com John Voight, Jeff Daniels.
Direção de Lloyd Kramer
Assista ao trailer abaixo:
Também não pode ficar fora da nossa lista o sensacional “Ghost – Do outro lado da vida”, de 1990. Ao contrário de “As cinco pessoas que você encontra no Céu”, que mostra mais a parte “interior”, Ghost retrata muito bem a constituição do Mundo Espiritual. Aqui a história é a seguinte: Sam Wheat (Patrick Swayze) e sua namorada Molly Jensen (Demi Moore, ainda novinha) voltam para casa após assistir a uma apresentação da peça “Hamlet”, e são atacados num beco por um assaltante. O assaltante dá um tiro, que aparentemente não acerta nenhum dos dois, e sai correndo. Sam vai atrás dele, mas, não conseguindo alcançá-lo, ele retorna. Ao retornar, o choque: Sam vê Molly chorando junto ao seu corpo. Ou seja, o tiro acertou Sam, que morreu, e quem saiu correndo atrás do assaltante foi o espírito dele.
A partir daí começa sua luta para “sobreviver” no Mundo Espiritual. Ele aprende, inclusive, com um outro espírito, como tocar e mover os objetos (do Mundo Material mesmo). Mas a história não pára por aí. Na mesma linha do “Cinco pessoas que você encontra no Céu”, Sam permanecer no limbo até cumprir uma missão que deixou inacabada no Mundo Material, e que envolve sua namorada. Aí entra em cena a pseudo-vidente Oda Mae Brown (interpretada pela magnífica Whoopi Goldberg), que ajuda Sam em sua missão, principalmente se comunicando com Molly.
Com um elenco e um roteiro de primeira, o filme levou, além de muitos outros prêmios, 5 Oscar’s na premiação de 1991: Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Whoopi Goldberg), Melhor Roteiro Original, Melhor Edição e Melhor Trilha Sonora. Com efeitos especiais bem bacanas, destaque para as mortes dos dois vilões, nas quais os espíritos-sombra do inferno vêm buscar os espíritos deles. Retratando bem o Mundo Espiritual, as afinidades, a missão, o aprendizado, etc., ele é essencial para nós que buscamos nos aprimorar nos temas espiritualistas.
Título original: Ghost
Título no Brasil: Ghost – Do outro lado da vida
País de origem: EUA
Gênero: Drama / Romance
Ano de lançamento: 1990
Duração: 128 min.
Com Patrick Swayze, Demi Moore, Whoopi Goldberg, Tony Goldwin e Rick Aviles
Direção de Jerry Zucker
Na mesma linha de missão no Mundo Espiritual, temos o aclamado “Amor além da Vida”, de 1998, com o sensacional Robin Willians. A história é a seguinte: Chris Nielsen (Robin Willians) é um feliz pai de família, que tem sua vida afetada por um acidente que matou seus dois filhos. No entanto, quatro anos depois, é a vez de Chris morrer em um acidente e partir para o Mundo Espiritual em seu Paraíso “particular”, um céu que é uma grande pintura, como se fosse um quadro, já que sua mulher era curadora em uma galeria de arte. Mas tudo muda quando sua mulher, Annie (Annabella Sciorra), tomada pela dor da perda do marido e dos filhos, comete suicídio e acaba caindo no inferno. Mas, devido ao seu amor (ou apego) pela esposa, Chris vai ao inferno e tenta resgatá-la, apesar de ser avisado que, mesmo conseguindo encontrá-la, ela não o reconhecerá, uma vez que os suicidas acabam não só com seu corpo, mas também com sua mente.
Com efeitos especiais de primeira (ganhou o Oscar de 1999 na categoria de Melhores Efeitos Especiais e foi indicado à categoria de Melhor Direção de Arte), e mostrando muito bem a realidade do Paraíso e do Inferno, o filme conta também com um final surpreendente e merece ser visto.
Título original: What Dreams May Come
Título no Brasil: Amor além da vida
País de origem: EUA
Gênero: Drama / Romance
Ano de lançamento: 1998
Duração: 113 min.
Com Robin Willians, Cuba Gooding Jr., Annabella Sciorra e Max von Sydow
Direção de Vincent Ward
Assista ao trailer abaixo:
Outra dica de filme que não pode faltar em nossa lista é “Um visto para o Céu”, de 1991, com a fantástica Meryl Streep no papel principal. É outro filme que se passa no Mundo Espiritual, mas esse, com a diferença dos anteriores, tende mais para a comédia romântica do que para o drama (muito embora Ghost tenha várias cenas engraçadas, graças à brilhante atuação da Woopi Goldberg). A história aqui é clássica: Daniel Miller (Albert Brooks) ao dirigir pelas ruas de Los Angeles, bate em um ônibus, o que provoca um acidente fatal. Ele vai então para o céu, e começa a viver uma vida parecida com a da Terra, às vezes até melhor. Lá ele conhece Julia (Meryl Streep), uma encantadora mulher, que o faz não querer voltar ao mundo dos vivos de jeito nenhum. Só que para conseguir ficar nesse “pós-vida”, ele é obrigado a passar por um julgamento, onde terá que provar que encarou seus medos na terra e que teve coragem. Caso Daniel não consiga, ele terá que voltar e começar tudo de novo, e sem Julia.
Aqui é interessante observar que o filme todo se passa quase que num “pré-julgamento”: Daniel fica grande parte do tempo com seu “advogado” numa sala parecida com um tribunal, enfrentando o “promotor” e os juízes, enquanto cenas de sua vida são passadas num “telão” em sua frente (semelhante ao espelho cristalino do Enma Daio – leia aqui o Ensinamento). São cenas que retratam o que ele fez (ou não fez), seus medos, traumas, etc. Ressalte-se que isso ainda não é o julgamento “oficial”, apenas um “pré”, que vai ajudá-lo a entender as escolhas que ele fez em vida (sejam certas ou não), e as consequências disso.
Outra coisa engraçada é que Daniel era um cara muito inteligente e instruído no Mundo Material, mas ao chegar no Mundo Espiritual, descobriu que ele só usava 3% do seu cérebro, enquanto outros espíritos mais evoluídos usavam mais de 40%. Há também a cômica parte, a minha preferida, na qual ele e Julia vão ao “Pavilhão de Vidas Passadas”, onde é possível vislumbrar cinco encarnações anteriores. Daniel descobre que foi, em uma vida, uma frágil e fresca menininha (ele viu a cena dele (ou dela) em outra vida brincando com uma boneca), enquanto que Julia foi um grande militar. Resultado: nesta vida, as escolhas dele sempre tendiam para o “covarde”, enquanto as dela sempre eram mais “corajosas”. Um filme muito interessante e divertido, que vale a pena ser visto.
Título original: Defending your life
Título no Brasil: Um visto para o Céu
País de origem: EUA
Gênero: Comédia / Romance
Ano de lançamento: 1991
Duração: 112 min.
Com Albert Brooks, Meryl Streep, Rip Torn
Direção de Albert Brooks
Atualizado em 19 de agosto de 2013
Hoje gostaria de indicar dois filmes muito bons que assisti neste final de semana.
O primeiro deles é “Minha Vida em Outra Vida”. Baseado em uma história real, o filme conta a história de Jenny (interpretada pela sensacional Jane Seymour, de “Em Algum Lugar do Passado” – vou falar sobre este também logo logo), uma mulher que vive com sua família no interior dos EUA, quando começa a ter visões, sonhos e lembranças. Ao consultar um especialista em regressão, ela descobre que essas visões são lembranças de sua última reencarnação, na qual ela era uma irlandesa chamada Mary, nos anos 30. Como as visões tinham a ver com sua família, especialmente seus filhos (da outra reencarnação), ela viaja à Irlanda atrás deles, apostando que ainda estavam vivos, acompanhada pelo seu filho da atual vida, e depois por seu marido. Tem início, assim, a um emocionante jogo de detetive (com um belíssimo final, que obviamente não vou contar…).
O que é importante aqui é saber que ficou uma coisa inacabada da outra vida (que, na verdade, só não foi cumprida por força das circunstâncias), mas que ela precisava resolver. Ressalte-se que as visões dela surgiram naturalmente, sem que ela as incentivasse ou procurasse de alguma forma. Ou seja, Deus revela as coisas no tempo certo, e de acordo com Sua conveniência. Além de trabalhar muito bem a questão da reencarnação, o filme também mostra a força e a influência dos elos espirituais (leia o Ensinamento sobre Elos Espirituais aqui), inclusive a possibilidade de encontrarmos, nesta vida, pessoas que fizeram parte de nossas vidas passadas.
Título original: Yesterday’s Children
Título no Brasil: Minha Vida em Outra Vida
País de origem: EUA
Gênero: Drama
Ano de lançamento: 2000
Duração: 93 min.
Com Jane Seymour, Clancy Brown, Kyle Howard, Cillian Caffrey
Direção de Marcus Cole
O outro filme de hoje é o “Além da Eternidade”. Nos mesmos moldes de “Ghost”, conta a história de um aviador, Peter Sandich (vivido por Richard Dreyfuss), que combate incêndios florestais. Durante um desses combates, ele não tem tanta sorte e acaba morrendo. Chegando no “limbo”, ele encontra Hap (interpretada pela grandiosa Audrey Hepburn), uma “anja” (ou melhor, um espírito evoluído), que dá a Peter a missão de cuidar (quase como um anjo da guarda) de um piloto novato, Ted Baker (Brad Johnson), que era, coincidência ou não, um de seus rivais em relação à sua namorada, Dorinda Durston (Holly Hunter).
O interessante aqui é que ele precisa desapegar de sua vida e de sua namorada (coisa que ele não consegue no começo), e ainda, deixá-la ser feliz com outro homem. Uma outra questão aqui é a seguinte: em vida, Peter era muito brincalhão, egocêntrico e não levava nada muito a sério. Quando ele virou espírito, no começo, ele ainda queria “pregar peças” nos vivos, pois ele tinha aprendido a “influenciar” as pessoas pela atuação espiritual. Em determinado momento, Hap o convoca e dá uma bronca: “Em vida, você até podia fazer algo em benefício próprio, mas agora isso seria um desperdício de espírito”. Achei esta parte muito boa e importante para nós, que procuramos o Caminho, por isso a destaco aqui.
Além do cumprimento da missão e da vida após a morte, o filme retrata muito bem a questão do desapego (como explica o Mestre Jinsai, “no Mundo Espiritual, o desapego do espírito é o aprimoramento máximo”.)
Com direção de Steven Spielberg (não, não é um filme repleto de efeitos especiais ou coisa que o valha), este foi o último filme da atriz Audrey Hepburn.
Título original: Always
Título no Brasil: Além da Eternidade
País de origem: EUA
Gênero: Romance
Ano de lançamento: 1989
Duração: 122 min.
Com Richard Dreyfuss, Holly Hunter, Audrey Hepburn
Direção de Steven Spielberg
Atualizado em 26 de agosto de 2013
Bem, pessoal, estamos de volta com mais dicas de filmes para vocês.
Hoje vou indicar dois filmes do Haley Joel Osment (ele mesmo, quem não conhece o nome já vai saber de quem estou falando). A primeira, seguindo a sugestão da Cláudia Ruberg (veja o comentário abaixo), é o famoso e aclamado “A Corrente do Bem”, de 2000. A história não poderia ser mais característica: Eugene Simonet (Kevin Spacey) é um professor de Estudos Sociais que sempre propõe um desafio a seus alunos: observar o mundo ao seu redor e tentar consertar / melhorar algo que não esteja muito bem. Ele quase nunca era levado a sério, e nem esperava mais isso, mas finalmente seu aluno Trevor (Haley Joel Osment), aparece com uma ideia inovadora: uma espécie de corrente do bem, na qual cada pessoa faz três favores a uma outra, e assim sucessivamente, em uma progressão geométrica.
O garoto começa a colocar o projeto em prática com sua própria mãe, Arlene (Helen Hunt), que, embora seja uma trabalhadora com dois empregos, é alcoólatra. Entretanto, a ideia de Trevor se espalha de uma tal forma que ele mesmo não imaginava, a ponto de chegar a um repórter que decide procurar o garoto.
Com um elenco de primeira linha e com um final inesperado, A Corrente do Bem trata muito do tema altruísmo, e de como os bons vivem perseguidos pelos maus neste (ainda) muito conturbado mundo. Já dizia o Mestre Jinsai: “Se quisermos ser felizes, devemos fazer primeiro felizes os nossos semelhantes.”
Uma curiosidade sobre esse filme é que, da sua estreia no Brasil, 4% da bilheteria adquirida foi revertida para instituições de caridade. Afinal, a ideia do filme é fazer algo pelos outros, não é? Sei que foi uma estratégia de marketing, mas mesmo assim foi válida…
Título original: Pay it Forward
Título no Brasil: A Corrente do Bem
País de origem: EUA
Gênero: Drama
Ano de lançamento: 2000
Duração: 123 min.
Com Kevin Spacey, Helen Hunt, Haley Joel Osment
Direção de Mimi Leder
Se A Corrente do Bem é famoso, e já mostra um show de interpretação do pequeno Haley Joel Osment (na época com apenas 12 anos), o que dizer do (talvez) mais famoso filme dele, “O Sexto Sentido”? (Preciso mesmo indicar esse filme? Você AINDA não o conhece? Mas tenho certeza que você já ouviu a frase mais famosa do filme: “I see dead people” (“Eu vejo gente morta”). Esse realmente não poderia ficar de fora, mesmo tendo algo de “Era da Noite” nele (foi feito como um filme de terror, mas a lição que ele traz é muito importante, e por essa razão resolvemos inseri-lo em nossa lista…)
Malcolm Crowe (interpretado pelo sensacional Bruce Willis) é um psicólogo infantil que é “visitado” por um de seus antigos pacientes com transtorno. Esse paciente acaba dando um tiro em Malcolm e se matando logo depois, o que gera um trauma no próprio Malcolm.
Ele conhece, então, o pequeno Cole (Haley Joel Osment), um garoto que apresenta problemas de entrosamento social. Mais tarde, descobre-se que Cole tinha visões de espíritos. Malcolm ajuda, assim, Cole a direcionar suas visões para o cumprimento de sua missão, pois cabia a ele ajudar esses espíritos desencarnados. Malcolm abraça a causa, até mesmo por considerar Cole muito parecido com seu paciente anterior (aquele que tinha se suicidado).
Novamente, Haley Joel Osment dá um show de interpretação. É um filme que te prende, sendo impossível até mesmo piscar. Sim, tem cenas “Era da Noite”, me vejo na obrigação de avisar: espíritos sangrando, espírito com uma faca enfiada na cabeça, com um buraco de bala e sangue na cabeça, etc. Aí você me pergunta: o que tudo isso tem a ver com os Ensinamentos do Mestre Jinsai? Eu respondo: mostra muito bem a existência do Mundo Espiritual (leia o Ensinamento aqui), mostra a questão da vida e da morte (leia também este Ensinamento), e ainda, que nada é por acaso: se somos dotados de algum dom especial (no caso, ele tinha a visão espiritual aberta), é para servirmos à humanidade, para cumprirmos nossa missão. Cole só conseguiu “ir em frente” quando ele entendeu que precisava ajudar esses espíritos, e não apenas ficar fugindo deles.
E o final? Ah, surpreendente é pouco! Mas não vou falar, né? Você terá que assistir…
Título original: The Sixth Sense
Título no Brasil: O Sexto Sentido
País de origem: EUA
Gênero: Terror, Suspense
Ano de lançamento: 1999
Duração: 107 min.
Com Bruce Willis, Haley Joel Osment, Toni Collette
Atualizado em 02 de setembro de 2013
Hoje é o post que todos esperavam: os filmes (alguns) assistidos por Meishu-Sama! Como vocês já sabem, os Ensinamentos estão aqui e aqui.
Começaremos então falando de um filme de 1937, “Hurricane” (“O furacão”). Nas palavras do Mestre Jinsai: “Dentre os filmes americanos, ainda hoje não consigo esquecer Hurricane, Chicago, A Grande Planície, etc.”.
Você já assistiu os filmes do Tarzan da década de 1930? Não? Se já, vai ver que o “Hurricane” tem muito a ver com eles… Vamos à história: o filme se passa nas ilhas do Pacífico Sul, mais precisamente na ilha de Manikoora, Polinésia, que é frequentemente assolada por tufões. É agora uma colônia francesa, cujo governador exerce uma autoridade a qual os nativos não estão acostumados. Porém, é crença deles que, quando a tirania atinge certo limite, os pássaros levantam voo deixando a ilha, e o mar se levanta de forma violenta. É nesse contexto que Terangi (John Hall) casa com Marama (Dorothy Lamour), mas, após arrumar uma briga no Taiti, ele é preso, e a cada tentativa de fuga sua pena aumenta mais ainda. Grande parte do filme mostra as desesperadas tentativas de Terangi de voltar para casa e encontrar sua mulher, que tinha ficado grávida quando ele partiu (ele não sabia), e que deu à luz a sua filha. E o pior (ou melhor): ela é a filha do chefe…
Bem, esse roteiro todo é na verdade apenas um pretexto para o grande furacão que ocorre no final. Destaque para os efeitos especiais “de primeira” (digo, na época, né?) do diretor Johh Ford. Claro, hoje a gente assiste um filme desses e talvez ache até engraçado (não fosse o fato de ser um clássico), mas imagina o que era na época um filme destes no cinema. E foi como Meishu-Sama disse, inesquecível…
Título original: The Hurricane
Título no Brasil: O Furacão
País de origem: EUA
Gênero: Catástrofe / Ação / Romance
Ano de lançamento: 1937
Duração: 103 min.
Com John Hall, Dorothy Lamour, Al Kikume.
Direção: John Ford
O outro filme de hoje é um épico: “Qvo Vadis”, de 1951. Nessa época muitos épicos desse tipo foram feitos (quem não lembra do Ben Hur, vencedor de 11 Oscar’s?). E mais: Qvo Vadis ainda conta com o galã Robert Taylor, que arrancava suspiros da plateia feminina na época…
Mas comecemos por explicar o título (tirei essa explicação da Wikipedia): Qvo Vadis é uma frase latina que significa “Para onde vais?” ou “Aonde vais?”. Essa frase aparece no livro apócrifo Atos de Pedro (Manuscrito Vercelli XXXV), em que São Pedro encontra Jesus enquanto Pedro está fugindo da provável crucificação em Roma. Pedro pergunta a Jesus: “Qvo Vadis”, e Jesus lhe responde: ” Eu estou indo a Roma para ser crucificado de novo.” (Roman vado iterum crucifigi.); prontamente Pedro ganha coragem para continuar seu ministério e eventualmente torna-se um mártir. A frase também aparece algumas vezes na tradução Vulgata da Bíblia, notavelmente no Evangelho de João 16:05, Quando Jesus diz aos apóstolos: “E agora vou a aquele que me enviou; e nenhum de vós outros me pergunta: Aonde vais?“.
Mas o que isso tem a ver com a história do filme? Muita coisa. O filme mostra o general Marcus Vinicius (Robert Taylor) retornando à “casa” (Roma), após três anos em campanha. É assim que ele encontra Lygia (Deborah Kerr), por quem se apaixona. Aí você já pode imaginar: um general dos exércitos romanos (que só quer saber de guerras e matanças) e uma cristã (uma fé nova, ainda não aceita e terrivelmente perseguida, já que a história do filme se passa no ano 64 d.C.) E mais: ela na verdade não é uma romana, pois é filha adotiva de um outro general aposentado, e portanto é refém de Roma (apesar de não ser uma escrava). É assim que o Gen. Marcus procura o Imperador Nero (ele mesmo, considerado o “anticristo” por muitos, interpretado por Peter Ustinov), para pedir-lhe que ela lhe seja dada como “prêmio” pelos serviços de campanha prestados. Apesar de considerar Marcus “um grosso”, ela de alguma forma se apaixona por ele…
Mas isso é o de menos. O maior destaque do filme, na minha opinião, são as atrocidades de Nero, que se considerava uma própria divindade encarnada. É claro que você conhece o Nero, né? É aquele mesmo que colocou fogo em Roma. Inclusive o filme mostra como ele teve essa “brilhante” ideia. E mais “brilhante” ainda foi a ideia de culpar os cristãos… No fim, cansados da tirania dele, ocorre uma revolta, culminando com o fim da Era Nero e o triunfo do cristianismo (triunfo parcial, pois o cristianismo ainda seria perseguido um tempo.).
Com um roteiro de primeira e atuações espetaculares (Peter Ustinov está fantástico como Nero), o filme já é colorido (afinal, já estamos em 1951, né?). A cena de Roma ardendo em chamas também é fantástica (apesar de ser trágica…). É um épico com quase três horas de duração. Imperdível.
Título original: Qvo Vadis
Título no Brasil: Qvo Vadis
País de origem: EUA
Gênero: Épico
Ano de lançamento: 1951
Duração: 171 min.
Com Robert Taylor, Deborah Kerr, Peter Ustinov
Direção: Mervyn Leroy
O último filme de hoje é outro clássico: “Os sapatinhos vermelhos” (The Red Shoes), de 1948. Ele conta a história de uma jovem e promissora bailarina, Victoria Page (Moira Shearer), que é escolhida para estrelar uma nova montagem do ballet “Os sapatinhos vermelhos”, a clássica história de Hans Christian Andersen (não conhece? Conhece sim! É o autor dos contos “O patinho feio”, “A Pequena Sereia”, “O Soldadinho de Chumbo” e por aí vai…). O “chefe” dela, Boris Lermontov (Anton Walbrook), autoritário e exigente, demanda de todos os seus bailarinos uma dedicação total e absoluta ao ballet. Mas, como não podia deixar de acontecer, Victoria se apaixona pelo compositor recém-contratado por Lermontov, Julian Craster (Marius Goring), que estava reescrevendo a música. E no final ela… bem, você vai saber quando assistir!
Mas vamos falar um pouco mais: no conto de Hans Christian Andersen, os “sapatos vermelhos” parecem adquirir vida própria, e não param de dançar, mesmo quando a dançarina pára. Em uma cena do filme, Lermontov conta a história da fábula:
“É a história de uma jovem que é devorada pela ambição de ir a um baile com um par de sapatos vermelhos. Ela recebe os sapatos e vai para ao baile. Por um tempo, tudo vai bem e ela está muito feliz. No final da noite, ela está cansada e quer ir para casa, mas os sapatos vermelhos não estão cansados. Na verdade, os sapatos vermelhos nunca estão cansados. Eles a fazem dançar na rua, sobre as montanhas e vales, através de campos e florestas, de noite e de dia. O tempo passa rapidamente, o amor passa rapidamente, a vida passa rapidamente, mas os sapatinhos vermelhos continuam.
Ou seja, o filme mostra a doação incondicional de um artista à sua arte (quem já leu os Ensinamentos de Meishu-Sama sobre Arte vai saber o quanto Ele admirava esse tipo de entrega e dedicação…). O filme é todo colorido (claro, né? Senão seria “Sapatinhos Preto-e-Branco”…). Inclusive o uso das cores é maravilhosamente retratado no filme. Aliás o filme é todo um grande quadro, integrando muito bem a pintura, a música, e a dança.
Essa é sem dúvida a obra mais famosa dos diretores Michael Powell e Emeric Pressburger, conhecidos como The Archers (os Arqueiros), ainda que eles não tenham alcançado a merecida fama por isso. Mas, é como diz Meishu-Sama, “a arte pela arte”, sem visar à fama e ao lucro… Mesmo assim, o filme foi indicado a 5 Oscar’s, incluindo o de Melhor Filme (que é a categoria principal do Oscar), e levou o Oscar de de Melhor Direção de Arte e o de Melhor Trilha Sonora, para o grande compositor Brian Easdale (outro parceiro habitual dos Arqueiros). Foi indicado ainda às categorias Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição. Trata-se de uma obra única e inspiradora, uma manifestação artística de primeira linha.
Segundo o Luz do Oriente Vol. 3 (Biografia de Meishu-Sama),
“Na época em que estava se processando a construção dos Solos Sagrados de Hakone e Atami, o Mestre Jinsai exibia filmes para os dedicantes, objetivando que eles descansassem do árduo trabalho realizado durante o dia. Isso acontecia em noites alternadas. Ele deixava preparado o filme e chamava um técnico especializado, para passá-lo. Certa vez, conseguiu emprestada uma película que estava levando nos cinemas de Atami e cujo título era “Os sapatos vermelhos”. O filme estava dividido em rolos; quando um terminava, passava-se o seguinte. Os que já tinham sido rodados eram levados de carro até Hakone, para serem exibidos aos dedicantes de lá. Em determinado dia, porém, uma densa neblina cobriu o Pico Jikoku, impedindo o carro de andar. Por esse motivo, o filme chegou tarde e a exibição só foi terminar às duas horas da madrugada. O técnico que manuseava o projetor pensou que ela seria interrompida, mas, como o Mestre Jinsai não lhe dizia que parasse, acabou passando o filme até o fim. Nos intervalos, o Mestre ia para os seus aposentos, trabalhava um pouco e, quando o filme recomeçava, voltava para o Palácio da Luz do Sol. Devido ao cansaço do dia, os dedicantes não aguentaram, acabando por dormir no local, mas ele ficou acordado o tempo todo. Esse episódio mostra claramente que o Mestre Jinsai tinha uma grande admiração pelo cinema e que não gostava de interromper algo que já tivesse começado.”
Título original: The Red Shoes
Título no Brasil: Os Sapatinhos Vermelhos
País de origem: Inglaterra
Gênero: Musical
Ano de lançamento: 1948
Duração: 133 min.
Com Moira Shearer, Marius Goring e Jean Short
Direção: Michael Powell e Emeric Pressburger
Atualizado em 04 de novembro de 2014
Dando sequência aos filmes assistidos por Meishu-Sama, hoje vamos falar de uma obra de arte da (ainda) era clássica do cinema, “O Pássaro Azul”, com a espetacular Shirley Temple ainda novinha.
Aqui a história é a seguinte: a pequena Mytyl (Shirley Temple) e seu irmão recebem a notícia de que seu pai, um lenhador, irá para a guerra. A fada Berylune (Jessie Ralph) faz uma visita a eles, e junto com ela partem uma mágica viagem através do passado, presente e futuro para tentar encontrar o lendário Pássaro Azul da Felicidade. No passado eles reencontra os avós falecidos e no futuro eles conhecem a irmã que ainda terão.
Antigamente, em alguns locais do interior, era costume perguntar quando se via alguém muito alegre: você viu o pássaro azul?
Estava no imaginário do povo associar “alegria”, “felicidade” ao “pássaro azul”.
Por que será?
É bom lembrar que, em 10 de dezembro de 1911, a Academia Sueca concedeu o Prêmio Nobel de Literatura a um escritor belga, Maurice Maeterlinck, pela sua peça teatral “O Pássaro Azul”, escrita em 1908, e mais tarde convertida em filme. No discurso de entrega do prêmio, o orador falou sobre o Escritor: “Profunda originalidade …, o caráter idealista desse talento que se eleva a uma rara espiritualidade, … a maravilhosa faculdade de ser ao mesmo tempo místico, profundo e popular pelo encanto da expressão”; sobre a obra “L’Oiseau Bleau” (O Pássaro Azul), mágica profunda, que cintila com a poesia da infância (…). Ai de nós: o pássaro azul da felicidade só existe para lá dos limites deste mundo perecível, mas aqueles que têm coração puro jamais hão de procurá-lo inutilmente, pois neles a vida sentimental e a imaginativa se enriquecerão e se purificarão na viagem através das províncias do país dos sonhos”.
Meishu-Sama citou Maeterlinck no Ensinamento: “A Existência do Mundo Espiritual“, dizendo: “Também o famoso autor de O Pássaro Azul, o belga Maurice Maeterlinck (1862-1949), tornou-se um estudioso dos fenômenos sobrenaturais após reconhecer a existência do espírito”.
A biografia de Maeterlinck mostra que ele estudou Direito, mas sua atração eram as Letras; assim, a princípio escreveu poesias e obras dramáticas, e mais tarde, obras concernentes à Filosofia abstrata.
Um escritor da Academia Francesa disse sobre ele: “O sorriso quase não abandona esse homem que harmonizou pensamento e vida, e que nunca precisou mentir.
Maeterlinck foi um homem que pensou e sentiu profundamente; tinha uma sede sincera de verdade. Segundo ele, há uma lei e um direito interiores que comandam e orientam os homens. De acordo com ele, o homem não pertence exclusivamente ao mundo sensível – diz que a poesia só satisfaz se nos leva a perceber um reflexo da realidade mais profunda e secreta, que é a fonte dos fenômenos.
Em “O Pássaro Azul” há uma mágica profunda, que cintila com a poesia da infância, mesmo quando parece conter demasiada reflexão.
Com um toque infantil, “O Pássaro Azul” é um filme extremamente artístico, mostrando em uma linguagem mágica e simbólica a importância dos antepassados e a busca incessante pela felicidade. Um filme imperdível, que deve ser assistido.
Título original: The Blue Bird
Título no Brasil: O Pássaro Azul
País de origem: EUA
Gênero: Fantasia
Ano de lançamento: 1940
Duração: 88 min.
Com Shirley Temple, Spring Byington, Nigel Bruce
Direção: Walter Lang
Assista abaixo uma parte do filme legendada:
Atualizado em 19 de janeiro de 2015
Hoje vou falar de um filme muito bom que assiste neste final de semana. Trata-se de Deus não está morto (God is not dead, no original). É o velho clichê de ateus X teístas, mas mostrado de uma maneira muito inteligente e bonita. A história aqui é a seguinte: o jovem Josh Wheaton (Shane Harper) entra na universidade e se matricula na aula de um professor ateu e arrogante de filosofia (Kevin Sorbo). Na primeira aula, o professor quer partir da premissa de que Deus não existe, e pede a todos para escreverem seu nome numa folha de papel junto com a frase “God is dead” (“Deus está morto”). Josh, por ser cristão, se recusa a escrever, e então o professor faz um desafio a ele, valendo grande parte da nota: nas próximas três aulas, ele terá que argumentar, no palanque diante de toda a classe, porquê Deus existe, ou seja, provar a Sua existência. Começa então uma batalha ferrenha entre os dois, que os leva, inclusive, a se afastar das pessoas que mais amam em troca da firmeza de suas crenças. Destaque para o debate entre os dois em sala de aula, com diálogos lógicos e inteligentíssimos, inclusive usando frases e ideias de grandes cientistas e pensadores. Por exemplo, em certo momento, o professor usa a famosa frase de Dawkins: “Se Deus criou o Universo, quem criou Deus?”, ao que Josh rebate perguntando: “Se o Universo criou o homem, quem criou o Universo?”, mostrando que a mesma lógica que se aplica a uma pergunta ateísta pode se aplicar a uma pergunta teísta.
Paralelo a isso, o filme mostra outros personagens que, de um jeito ou de outro, estão lutando por sua fé – seja fé em Deus ou fé no ateísmo. Vemos, no final, que a maioria deles está interligado.
Falando nisso, e o final? Bem, há uma surpresa no final. Não sei dizer se é um final surpreendente, ou se já se esperava que algo assim fosse acontecer. Cada um que julgue por si mesmo.
E o que isso tudo tem a ver com os Ensinamentos do Mestre Jinsai? Além de mostrar a necessidade do respeito pela crença alheia, o filme mostra também que Deus sempre dá uma última chance – para todos, e não apenas para os que creem Nele. Além disso, mostra que o fato de se crer em Deus e acreditar nas coisas espirituais não inviabiliza o fato de que existe uma lógica material nos fenômenos, muitas vezes corretamente investigada pelos cientistas, mas que surgiu a partir de uma origem espiritual e feita por um Criador. Ou seja, como bem sabemos, “espírito precede a matéria.”
Título original: God is not dead
Título no Brasil: Deus não está morto
País de origem: EUA
Gênero: Drama
Ano de lançamento: 2014
Duração: 113 min.
Com Shane Harper, Kevin Sorbo, David A.R. White
Direção: Harold Cronk
Atualizado em 03 de agosto de 2018
Hoje gostaria de falar sobre um filme que assisti ontem com minha esposa, um clássico do cinema mundial. Trata-se do aclamado “O Nome da Rosa”, com o Sean Connery no papel principal (ele mesmo, o nosso velho conhecido 007). Baseado no clássico da literatura de mesmo de Umberto Eco, o filme se passa em uma abadia do norte da Itália, no ano de 1327, quando a Inquisição era ainda muito ativa. Sean Connery é o padre franciscano William de Baskerville que, junto com seu ajudante, o jovem Adso (Christian Slater ainda bem novinho) é chamado para resolver uma série de crimes na abadia.
O filme (o livro, na verdade) é, por si só, uma grande crítica literária aos valores da época. As violências sexuais, os conflitos no seio dos movimentos heréticos do século XIV, a luta contra a mistificação, o poder, o esvaziamento dos valores pela demagogia, constroem uma reconstituição livre dos fatos históricos da época aos olhos do espectador.
E o que tudo isso tem a ver com os Ensinamentos do Mestre Jinsai? Pelo filme, vemos que a lógica em religião não é bem aceita por alguns abades do local, nem mesmo o riso, que o Mestre Jinsai dá tanta importância para a construção do Paraíso. É claro, naquela época ainda estávamos na Era da Noite, e isso era natural, mas fica claro a importância das práticas “diurnas” para a Era do Dia.
E o final? Ah, esse é sensacional! A explicação dada pelo assassino para seus crimes é, na minha opinião, o ponto alto do filme (e que afirma, novamente, a época da Era da Noite). Claro que não vou contar, né? Você terá que assistir!
Título original: Der Name der Rose (alemão)
Ano de produção: 1986
Elenco: Sean Connery, Christian Slater, Valentina Vargas
Direção: Jean-Jaques Annaud
Duração: 130 minutos
Gênero: Drama, Suspense
País de origem: França
Atualizado em 17 de dezembro de 2019
Hoje vou falar sobre um filme muito especial, assistido pelo Mestre Jinsai. Trata-se do aclamado filme Eroica, um filme austríaco de 1949 e lançado na Alemanha Ocidental em 20 de janeiro de 1950, que descreve a vida e a obra do compositor Ludwig van Beethoven. O motivo é que o aniversário de Beethoven é hoje, 17 de dezembro.
O filme é dirigido por Walter Kolm-Veltée, produzido por Guido Bagier com Walter Kolm-Veltée e escrito por Walter Kolm-Veltée com Franz Tassié. Ele entrou no Festival de cinema de Cannes de 1949. É considerado por muitos como o melhor filme sobre a vida de Beethoven já feito.
Aqui o roteiro é o seguinte: um mensageiro expresso se dirige a Viena e relata, em um baile do príncipe Lichnowsky, que Napoleão Bonaparte está se aproximando de Viena com suas tropas. As notícias se espalham pela cidade e chegam até Beethoven, que está muito entusiasmado com os ideais incorporados por Napoleão após a Revolução Francesa. Ele corre para casa para escrever uma sinfonia poderosa e gloriosa – que mais tarde se torna famosa como a “Eroica” de Beethoven – para Napoleão. Após a sinfonia ter sido escrita com sucesso, dois mensageiros de Napoleão vão visitar Beethoven. Eles solicitam que Beethoven participe de uma recepção do imperador francês. Favorecendo o glamour, Napoleão elaborou instruções detalhadas sobre roupas para Beethoven. Beethoven está desapontado pela superficialidade de seu ídolo e apaga a dedicatória a Napoleão das páginas da sinfonia.
Para sua segurança, Beethoven viaja para a Hungria e encontra alojamento na casa aristocrática de sua aluna Therese von Brunswick e sua prima Giulietta Guicciardi. Beethoven se apaixona por Giulietta, que está querendo deixar seu noivo por Beethoven.
Beethoven não apenas se preocupa com seu sobrinho Karl, que ele acha que está levando uma vida dissoluta e está sob a influência prejudicial de sua mãe, mas também se conscientiza de um agravamento de suas habilidades auditivas. Enquanto ele pensa por qual razão Deus o priva de sua audição, a amiga de Beethoven, Amenda, responde que o destino de Beethoven é compor um tipo de música nunca ouvida antes. É triste para Beethoven perceber que durante os ensaios para sua ópera “Fidelio”, os músicos são incapazes de seguir sua condução. Em um clima deprimido, Beethoven volta para casa e mais uma vez fala com Deus, quando as palavras de Amenda vêm à sua mente. Quando Therese vem cuidar dele, ele concorda com seu destino e começa a compor novamente.
O Mestre Jinsai deve ter assistido a este filme em junho de 1953, pelo que vemos no Ensinamento que Ele escreveu.
Data de lançamento: 4 de outubro de 2003 (mundial)
Direção: Simon Cellan Jones
Roteiro: Nick Dear
Música composta por: Ludwig van Beethoven, Wolfgang Amadeus Mozart
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