Enquanto Meishu-Sama se dedicava ao seu negócio, sucederam a crise financeira de 1920 e o grande terremoto de Kanto; devido a estes dois acontecimentos, decidiu deixar o negócio e dedicar-se exclusivamente à Obra Divina. Desde então foi reduzindo gradualmente as atividades do comércio e finalmente deixou-o para os seus empregados. Assim, a partir de 1928, começou a dedicar-se exclusivamente à Obra de Deus. Isto aconteceu porque precisamente nesse momento chegou a hora e reconheceu que se tratava de uma revelação divina. Ainda que Meishu-Sama fosse livre de fazer qualquer coisa, se absteve de fazer algo que pudesse contrariar a ordem Divina. Como exemplo, um dia de 1932, aborrecido com a chuva, saiu e repetiu duas vezes: “Quero que pare a chuva, que pare a chuva!” Disse-o em voz baixa; então cessou a chuva. Fiquei surpreso com esse poder divino tão inacreditável. Entretanto, mais tarde perguntei-lhe: “Por que às vezes não para a chuva, apesar de o senhor ter tanto poder?”. Ele respondeu: “Tanto a chuva como a tormenta e o furacão dependem da vontade de Deus, e detê-los atenta contra a Sua vontade; por isso não o faço.” Senti um grande respeito por suas palavras. Naquele tempo houve ocasiões em que curava enfermidades por meio de kototama (espírito das palavras); era um poder divino realmente maravilhoso. Por exemplo, no caso de qualquer dor de cabeça, ou de estômago, ou por muito que esteja sofrendo o paciente, assoprava duas vezes, dizendo: “Acabe com a dor de cabeça ou de estômago de fulano”, e terminava com a dor imediatamente, de tal maneira que era realmente simples. Um dia chegou o Sr. Yoshihide Takei, que dava tratamento em Omiya, e Meishu-Sama lhe disse: “Senhor Takei, somente uma vez lhe permitirei dar tratamento pelo Kototama, por isso fique, atento!”. Assim, lhe deu permissão. Precisamente nesse momento chegou o dono de uma vinhateria (comércio de vinhos), o Sr. Yuzo Hida, com uma forte dor de estômago.
Assim que o Sr Takei lhe ordenou amenamente: “Senhor Hida, venha aqui. Agora vou curá-lo.” Sussurrou duas vezes, dizendo: “Acabe a dor de estômago de Yuzo Hida!” Quando perguntou-lhe como se sentia, já que a dor havia sumido, imediatamente ele exclamou: “Ah! Inclusive você pode curar-me? Então deixarei a vinhateria.” Foi assim que ele deixou a vinhateria e se fez discípulo. Posteriormente chegou a ser assistente de Meishu-Sama, em Kojimachi. Dado ao caso de que Meishu-Sama dissera por sua própria boca: “Permito kototama somente uma vez”, isto poderia ser feito com pessoas comuns; por ele poderia imaginar a grandiosa natureza divina de Meishu-Sama e o seu enorme poder, que é um poder divino realmente venerável.
Revista Tijyo Tengoku nº41 - 25 de outubro de 1952