Para a visão do historiador e do filósofo, a civilização atual compara-se a um fruto que apodreceu. O mundo se apresenta amadurecido para profundas renovações. Infelizmente, os homens que estão liderando a humanidade parecem não ter consciência de que “os tempos são chegados”. Estes líderes nem sequer parecem pressentir a iminência da Nova Era. A ciência materialista perdeu-se num emaranhado de análises e está literalmente esmagada pela massa de material de observação. Quanto às religiões, parecem adormecidas no indeferentismo. O mundo é como um barco desgovernado. A pobre humanidade sente-se angustiada num beco sem saída. A alma humana, premida entre uma ciência utilitária de comodidades e confortos materiais e uma religião de conveniência, sente-se perdida e desesperada. A humanidade corre para cá e para lá, uns pisando os outros, sem ninguém saber para onde vai.

Meishu Sama nos leva a compreender a simplicidade dos grandes pensamentos que proporcionam paz e tranquilidade interior. Pela Revelação, primeiro método intuitivo e sintético da Sabedoria, reviveu para nós, em seus Ensinamentos, a beleza e a paz das grandes verdades primordiais. A Lei de Deus é eterna e imutável, acima das tempestades humanas. Chega rediviva pela Revelação dada a Meishu Sama que tudo resume em três palavras: Verdade, Virtude e Beleza. A Doutrina Messiânica nos mostra o caminho para uma lei de vida superior - a vida no Paraíso Terrestre - que substituirá a força pela justiça, a violência pela bondade, a ignorância pela consciência, o egoísmo destruidor pelo amor construtivo que é pregado no Evangelho e que levou o Cristo à cruz, na Era da Noite.

Meishu Sama diz que o principal objetivo duma religião deve ser a Verdade. Mas onde achar a Verdade? Meishu Sama responde: a Natureza é a Verdade, no seu estado mais puro e sem enfeites. O sol sempre nasce no oriente e se põe no ocidente. São fatos evidentes e indiscutíveis. A humanidade, porém, emaranhou-se num tal estado da confusão que nem mais enxerga a simplicidade da Natureza. A Suprema Verdade é simples como a Natureza.

A opinião geral é que o mundo está numa fase de conflitos, crimes, crueldade e confusão e o homem é um pobre ser angustiado e infeliz. Meishu Sama afirma que a causa desses males está em que o homem se afastou e continua se afastando cada vez mais da Verdade. O pior é que o homem, dum modo geral, nem tem consciência de estar tão afastado do Princípio Único que desce do Alto. Embarafustou-se por falsos caminhos e perdeu-se num dédalo de falsas deduções.

O homem complicou a vida com problemas do cotidiano e não consegue achar tempo para encontrar-se a si próprio. As religiões não conseguem dar-lhe um quadro da Verdade, pois também as religiões se afastaram da espiritualidade. Se as religiões puderem dar ao homem uma revelação clara, poderão salvá-lo da perdição.

A Doutrina Messiânica apareceu para dar um sentido à vida humana com Ensinamentos cheios da objetividade e clareza. Apresenta a doença, o crime e a miséria como resultados do afastamento da Verdade. O Criador planejou para o homem condições ideais de vida que serão atingidas quando o homem harmonizar-se às leis da Natureza.

Deus concedeu-nos o livre arbítrio, isto é, uma completa liberdade de escolha que nos faz diferentes dos animais. O homem é livre para antepor sua vontade à Vontade de Deus, porém a vontade humana é menor que a Vontade Divina, é circunscrita por esta vontade maior. Em verdade, o homem tem a liberdade para agir, mas dentro dum limite de espaço. Dentro deste âmbito, é livre e responsável para conquistar ou perder a felicidade. A Lei Divina anima, rege e move o Universo, assim como a pequena centelha que é a alma humana. Em condições normais, o homem está no meio, entre o animal e o anjo. Por sua escolha e esforço próprio, descerá ao nível do animal ou subirá ao do anjo, criando para si o purgatório ou o paraíso, aqui na Terra. Dum modo geral, com exceção dos que são dominados por espíritos malignos, o homem prefere subir para o nível mais alto.

Meishu Sama ensina que Deus nos criou para o bem e para a felicidade. Chegaremos ao chamado Paraíso Terrestre compreendendo a Verdade, praticando a Virtude ou cultuando a Beleza. Conhecer a Verdade é perceber o sentido da Vida. A Verdade libertadora pode chegar ao nosso pela atividade incessante do eterno Bem. A Verdade, portanto, nos vem pela leitura dos Ensinamentos ou por uma vida pura de amor e dedicação ao próximo, ou ainda pelo culto à Arte, que é a expressão da Beleza, ou pelas três coisas juntas.

O homem recebeu o privilégio de vida no plano físico com o objetivo de crescer espiritualmente, ajudando a preparar condições ideais de bem-estar na Terra, de acordo com o Plano Cósmico. Quando o homem vive e age em harmonia com este plano, terá saúde, felicidade e paz com atributos intrínsecos à sua vida diária. É um direito inalienável.

Desviando-se da Lei de Deus, o homem vai se enchendo de nuvens espirituais que vão passando de geração para geração, pois o comportamento individual reflete-se no comportamento social e vice-versa. O materialismo faz do homem um ser malvado, que não hesita em maltratar seus semelhantes. As nuvens de seu espírito formam outras nuvens que se encadeiam sobre toda a coletividade. No mundo atual, o homem, em vez de colocar no alto os princípios e de lutar por eles, coloca no alto seus interesses pessoais e vai forjando princípios à sua moda, como lhe convém. E se afasta cada vez mais da Lei de Deus. O ar é poluído pelas fábricas e pelos veículos motorizados. A terra é poluída pelos detergentes, fertilizantes e inseticidas. Em luta por seus próprios interesses, o homem se prejudica e prejudica seus semelhantes. Os agricultores, a fim de melhorarem os produtos, vão espalhando mais toxinas, pois o homem ingere com os frutos da terra os venenos nela postos como fertilizantes ou inseticidas. Novos tipos de insetos vão aparecendo ao lado de novos tipos de inseticidas. A luta é sem fim.

Pela Lei da Natureza, germens e insetos nocivos vão surgindo quando as plantas absorvem os inseticidas que os combatem. De acordo com a mesma lei, as toxinas precisam ser eliminadas. Os insetos ingerem as toxinas e parte das plantas também. As plantas enfraquecem ou morrem. Pela Lei da Natureza, quando se acumulam matérias estranhas ou prejudiciais, há uma reação automática para eliminá-las. Se o homem perturbar o equilíbrio da Natureza com seus corretivos químicos, desencadeia uma reação em forma de atividades purificadoras.

Meishu Sama explica que, durante a Era da Noite, o poder purificador era fraco e os produtos químicos faziam efeito temporariamente. Nos tempos de hoje, o Espírito do Fogo, energia espiritual e purificadora, está agindo com intensidade cada vez maior. A purificação atua mais rapidamente e com maior dureza, saltando aos olhos de qualquer um.

Aparece um sentido para as enchentes. As impurezas do solo causadas pelos produtos químicos e inseticidas desencadeiam uma ação de limpeza por parte da Natureza, um esforço para lavar tais impurezas. Diz Meishu Sama que quanto maior for a poluição química, mais frequentes serão as enchentes. É um princípio fundamental que se aplica a tudo.

As doenças também estão sujeitas ao mesmo princípio fundamental. Quando se ingerem substâncias estranhas ao corpo, aumentam as toxinas. Utilizando-se substâncias químicas e venenos para neutralizar o mal das toxinas, aparecem mais toxinas ainda piores e, consequentemente, purificações ainda mais duras.

Surgem germens patológicos para ajudarem na eliminação das impurezas na corrente sanguínea. Meishu Sama cita um exemplo. No Japão em 1952, houve um considerável aumento de certas doenças. A encefalite teve uma porcentagem de doentes doze vezes mais alta que em 1951.

No campo social sucede a mesma coisa. Aparecem mais pessoas malvadas por causa do acúmulo de nuvens oriundo de más condições sociais. A existência de gente má é uma consequência lógica do mau uso das leis sociais. Como já foi dito, o homem cria princípios falsos para seu uso pessoal e, fugindo à Lei de Deus, acarreta para si e para a sociedade humana tormentos de toda a espécie. A purificação não é castigo e sim uma reação natural quando se foge da Lei de Deus. É um círculo vicioso. Enquanto predominar a corrupção social, haverá condições para se desenvolver a maldade humana, cada vez pior.

Durante a Era da Noite, o bem ficava acobertado pelo mal, pois a Luz Divina era fraca. No limiar da Era do Dia, a Luz Divina começa a vencer as trevas. Já se nota como estouram escândalos com gente importante que praticou maldades. A desonestidade, o vício e a corrupção vêm à tona para serem eliminados, como também vai suceder gradativamente às toxinas. Lentamente, o mundo se prepara para o Paraíso onde uma humanidade feliz descansará em paz na Lei de Deus, envolta na Luz Divina.