PALESTRA DE MEISHU-SAMA EM 20 DE AGOSTO DE 1949 – TRECHO

Pergunta: Um missionário de determinada religião voltou-se para a minha esposa do segundo casamento e lhe disse: “Se o seu marido não se render em absoluto a você, vou acabar com ele”, “Se vocês não ingressarem na minha religião, o casal morrerá” etc. Todavia, esse missionário acerta fatos do passado familiar só de olhar para o rosto da pessoa, o que fez com que a minha esposa ficasse com muito medo. Como devo proceder?

Meishu-Sama: Em absoluto, isso de acabar com alguém não existe, viu? Trata-se de uma fé intimidadora, o que é algo extremamente equivocado. Quando ocorrem ameaças como essa, certamente trata-se de uma divindade maligna. Por esse motivo, não há o que temer. Essas divindades geralmente agem dessa forma e, por isso, uma divindade verdadeira jamais perde para uma divindade maligna. Portanto, não há nenhum problema. Há anos, tenho recebido inúmeras ameaças, ao ponto de não saber mais quantas foram.

A fé jamais deve ser professada sob ameaças. Por essa razão, temos que ficar atentos. Além disso, não devemos ser teimosos. Deus é simples. Ele não repete o que diz; fala uma única vez. Eu só consulto Deus em casos extremos, pois Ele responde uma única vez. Realmente é simples assim, viu? Afinal, a resposta é uma só. Com os seres humanos ocorre o mesmo. O Imperador jamais irá repetir o mesmo decreto. “Eu penso que ...”[1] é realmente algo muito fácil. A teimosia faz com que algo não seja verdadeiro. Portanto, a propagação do nosso caminho também tem que ser simples. Mesmo que a pessoa não entenda, apesar de transmitirmos com simplicidade, significa que ainda não chegou o momento ou que ela não tem afinidade. Quando o momento chegar, a própria pessoa virá atrás. Nesse momento, aí sim, é melhor explicar bem.

Publicada em 20 de novembro de 1949 no Gokowa-roku

[1] N.T.: Citação das primeiras palavras do Decreto Imperial de Educação, redigido pelo Imperador Meiji (1852-1912).

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