O MÉRITO DO DR. YUKAWA VISTO ESPIRITUALMENTE

Recentemente, o Dr. Yukawa recebeu o Prêmio Nobel de Ciência Teórica. Relacionado ao seu mérito como o primeiro e único japonês a receber esse prêmio, sinto que podemos nos orgulhar perante o mundo inteiro. Realmente, não consigo conter a minha felicidade diante deste fato, uma vez que os japoneses puderam recuperar, por pouco que seja, o crédito perdido durante a Segunda Guerra Mundial.

Dizem que o Dr. Yukawa recebeu o referido prêmio graças ao fruto obtido pela sua descoberta, aos apenas 28 anos de idade, sobre a Teoria Básica da Ciência Atômica; portanto, acho a sua inteligência surpreendente.

O princípio acima refere-se à descoberta do méson que, com a fusão com o elétron, gera a força. Posteriormente, os físicos americanos Anderson e Neddermeyer descobriram por acaso, nas fotografias tiradas durante a observação dos raios cósmicos, os rastros das partículas identificadas como Partícula Yukawa. Assim, a Teoria Yukawa foi comprovada por meio de experiências. Vou explanar, a seguir, a minha opinião a seu respeito.

Originariamente, o méson é um elemento que resultou da fusão dos elementos fogo e água, ou seja, obviamente ele é uma micropartícula formada pelas energias do Sol e da Lua. Atualmente, são reconhecidos cinco tipos de mésons: µ-méson, positivo e negativo; p-méson, positivo e negativo e o méson neutro. Nesses cinco tipos, o µ-méson e o p-méson, positivos e negativos, possuem as duas energias que são a do Sol e a da Luz; p-méson, que possui energias do Sol e da Lua; o méson neutro possui as partículas fundidas de Sol e Lua e os dois mésons restantes possuem as energias da terra e das estrelas, e essa força, evidentemente, se posiciona no nêutron.

Preciso dizer sobre a importância desta descoberta, principalmente no que se relaciona à minha teoria. A partícula Yukawa é o elemento intermediário entre a matéria e o espírito e já estamos na iminência de descobrir, graças ao avanço ainda maior da Ciência, a partícula espiritual extremamente minúscula.

Talvez ainda seja um pouco cedo para apresentar a minha teoria sobre a partícula espiritual, mas posso afirmar que esta divide-se em três níveis: a que ocupa o terceiro nível é a partícula que será descoberta após o méson. Depois desta, será descoberta a do segundo nível e, por último, a do primeiro nível. Conforme a minha proposição, esta última é a partícula espiritual emitida pelo Supremo Deus, e também, a força que atualmente estou utilizando e manifestando milagres sem precedentes, conhecida também como Poder Kannon. Logo, esta manifesta um poder de cura dezenas ou centenas de vezes maior do que o apresentado pela Medicina atual. É por esse motivo que tenho me referido sempre que o nosso tratamento é a Medicina do Século XXI. Conseqüentemente, é grande a minha satisfação em relação à recente descoberta do méson, pois isso significa que a Ciência Teórica alcançou finalmente o nível de descobrir o méson.

A respeito disso, até hoje, foi sempre considerado difícil obter a união entre a Religião e a Ciência. Por isso, é uma realidade indiscutível que ambas as partes vieram sempre se criticando mutuamente. Obviamente, isto acontece porque existe uma lacuna entre elas e não conseguem encontrar um ponto comum. A sua causa, como já disse anteriormente, se assemelha, obviamente, ao fato da Ciência não ter alcançado ainda o progresso até o nível de descobrir as partículas espirituais. Da mesma forma, na Religião, também, devido à prematuridade do tempo, não houve a manifestação do supremo Poder Divino.

Gostaria de falar aqui sobre a realidade em que o méson existente nos raios cósmicos foi comprovado através do registro fotográfico. Conforme já expliquei sobre os raios cósmicos na Coletânea “Assuntos sobre Fé”, os raios cósmicos são os elos espirituais que partem de inúmeros corpos celestes e que, exercendo uma força de atração sobre o Globo Terrestre, envia-lhe normalmente o nutriente, que nada mais é do que sua energia vital.

O Dr. Yukawa também diz na sua descoberta que o méson é uma energia; portanto, é óbvio encontrá-lo em abundância nos raios cósmicos, e a força que torna pleno o méson não é senão a radioatividade das partículas espirituais divinas.

Às vezes, as pessoas indagam-me: “Por que o senhor não apresenta a medicina que descobriu, já que ela é digna de prêmio Nobel?” Então, respondo-lhes que é impossível devido ao nível de formação acadêmica dos juízes que presidem o prêmio Nobel e se fundamentam na Medicina atual. No futuro, quando chegar a época em que tiver alcançado um grande progresso, acho que a minha teoria será compreendida; portanto, não há outra alternativa senão esperar pela chegada dessa época, e dou as minhas gargalhadas.

Jornal Hikari nº 38

3 de dezembro de 1949