Aos dezoito anos eu tive pleurite; na ocasião, extraíram-me cerca de 200 gramas de líquido, perfurando-me a base do tórax. Porém, as toxinas provenientes do antisséptico usado na época e dos medicamentos tomados um ano depois, quando tive uma recaída, ficaram solidificados nas costas e nas axilas. Descobri isso há pouco tempo e comecei a ministrar Johrei em mim mesmo, para dissolvê-las. No início foi difícil, pois elas estavam bastante endurecidas, mas aos poucos foram amolecendo e começaram a se dissolver.
A cada dissolução invariavelmente sobrevinha uma diarreia. O interessante é que, embora a dor não fosse intensa, isso ocorria com muita precisão. Aqui pode-se perceber que as toxinas não desaparecem com o passar dos anos. Como tenho sessenta e oito anos, significa que essas toxinas ficaram acumuladas durante cinquenta anos. Se eu não conhecesse o Johrei, elas seriam hóspedes do meu corpo pelo resto da vida.
Quanto mais toxinas eu eliminava através da diarreia, mais aumentava a minha disposição. Eu pensava que a disposição que sentia anteriormente era normal, mas estava enganado. Tenho agora uma sensação de bem-estar como jamais experimentei e estou muito satisfeito. Sinto até que minha vida se prolongará por mais vinte ou trinta anos. Além disso, minha cabeça está funcionando bem melhor e estou conseguindo escrever mais do que antes. Como podem ver, quem não conhece o Johrei poderá ficar com as toxinas acumuladas no corpo pelo resto de sua existência.
As causas da diarreia quase sempre se localizam na cabeça e nas costas. Ela pode ocorrer por concentração temporária, no ventre, de toxinas desprendidas daqueles locais, e por intoxicação alimentar. Principalmente no caso de toxinas acumuladas na cabeça, verifica-se a eliminação de grande quantidade de sangue.
Jornal Eikô nº 107
6 de junho de 1951