Até agora, vim escrevendo sobre os erros da Medicina contemporânea, ou seja, da Medicina Material, e os princípios patentes da Medicina Religiosa. Aqueles que os lerem, se não estiverem presos à Medicina tradicional, certamente haverão de compreendê-los.
O objetivo verdadeiro da medicina é curar por completo a doença do ser humano, e formar físicos verdadeiramente saudáveis. Sendo assim, isso deveria aparecer na realidade. Nem é preciso dizer, a essas alturas, que o verdadeiro físico saudável é aquele que, pela vida inteira, não precisa se preocupar com a doença. Se pessoas assim aumentassem, realizar-se-ia o ideal da humanidade: o mundo sem doenças. Consequentemente, a verdadeira medicina é aquela capaz de se aproximar gradativamente desse ideal.
De acordo com o que foi escrito acima, ao ler compenetradamente a teoria baseada na verdade, qualquer pessoa haverá de concordar com ela. Por isso, se essa medicina religiosa não for a verdadeira medicina, qual poderá sê-la? Nesse sentido, não se deveria levar essa medicina, o quanto antes, ao conhecimento de toda a humanidade e fazer com que ela receba seus benefícios? Além do mais, essa medicina religiosa não só torna o corpo físico do homem saudável como também torna a sua mente íntegra. Assim sendo, a pobreza, considerada o maior sofrimento humano, e a guerra, motivo de terror, serão solucionados. Consequentemente, nem é preciso dizer que essa é uma boa-nova tão grandiosa, que não há palavras para expressá-la.
Um dos maiores obstáculos que existe a esse respeito é a medicina material da época contemporânea, que durante longos séculos veio se consolidando, e pela qual toda a humanidade estava obcecada; desde os especialistas até à mentalidade das pessoas em geral, todos vieram depositando nela quase que religiosamente uma fé absoluta. Por isso, com um método simples é impossível fazer com que eles despertem.
Esse é o grande empreendimento a nós atribuído e, em termos comuns, podemos dizer que é quase impossível. No entanto, se deixarmos a situação como está, o sofrimento da humanidade aumentará ainda mais, até que poderá chegar à destruição dos povos civilizados. Assim sendo, aconteça o que acontecer, é preciso levar a medicina religiosa ao conhecimento de todo o mundo, o quanto antes. Como consequência, se as pessoas em geral a compreenderem, causar-se-á um grande alarde mundial e, naturalmente, uma grande revolução na medicina material. Realmente, não haveria uma revolução tão grande como essa em toda a história da humanidade, e esse é um problema incomparável, maior que o da guerra. Isso porque, caso ocorra a Terceira Guerra Mundial, ela se limitaria a um tempo e local limitados. Entretanto, a questão da medicina é um problema eterno, que se relaciona com toda a humanidade. Pelo que foi visto, caso se concretize o mundo sem doenças que ninguém conseguia imaginar nem em sonhos, como ficará a longevidade do ser humano? Nem é preciso dizer que tornar-se-á possível viver mais de cem anos e, com isso, o ideal da humanidade será concretizado. Não há meios para se saber qual era a longevidade do homem, antes dos primeiros registros históricos, mas, pelo que a história mostra, nunca se viu as pessoas, em geral, viverem mais de cem anos. Isso porque, excetuando-se as calamidades, a maioria morre pela doença. O fato de o ser humano morrer pela doença não é, jamais, normal. É anormal. Naturalmente, morrer doente não é morte natural, é antinatural. Caso os seres humanos não tivessem doença, todos deveriam morrer de morte natural e, por isso, não seria nada estranho que se vivesse mais de cem anos.
Ainda há uma coisa que resta falar. Como já disse, a causa da doença tem seu fundamento nas máculas do espírito. A origem do aparecimento das máculas se deve não apenas aos pecados do homem e aos tóxicos dos remédios; ainda existe uma outra causa muito importante. São os fertilizantes usados nos produtos agrícolas. Não se sabe como era na época primitiva, mas podemos imaginar que eles são usados desde tempos bem remotos. No Japão, existe o estrume e os fertilizantes químicos que começaram a ser usados recentemente. No exterior, temos os fertilizantes químicos e, antes deles, não há dúvidas de que utilizavam algum outro tipo de fertilizante. Originariamente, o estrume humano é bastante prejudicial, mas isso era ignorado completamente, até agora. Isso porque, até agora, pensou-se que o fertilizante, uma vez sendo absorvido pelo produto agrícola, age de forma eficaz e não causa nenhum efeito secundário. Pensavam exatamente que ele, tal como a verdura no corpo humano, só tinha efeitos positivos e os resíduos de tóxicos não sobrariam. Entretanto, pela revelação divina, descobri que, de fato, até que surja o fruto, a quantidade tóxica diminui bastante, mas não é eliminada completamente.
A esse respeito, recentemente o presidente de uma grande companhia de laticínio dos Estados Unidos apresentou os resultados de sua longa experiência; de acordo com eles, o gado alimentado com grama cultivada com fertilizantes químicos tinha má saúde e o leite também era de má qualidade. Ao contrário, criando-o apenas com gramas cultivadas à base de compostos orgânicos, o gado ficava saudável e a qualidade do leite também era excelente. Por ele ter feito uma intensa propaganda dessa descoberta, ultimamente, ela tem sido reconhecida em todas as regiões, e o governo americano também prometeu apoiá-lo. Além disso, como as pesquisas de escolásticos e experiências reais confirmaram esse fato, ele está se tornando, pouco a pouco, consenso geral. É o que estava escrito recentemente numa revista especializada dos Estados Unidos. Esse senhor diz também que, no que se refere à doença dos seres humanos, também aumentaram as de caráter maligno, depois que se começou a usar os fertilizantes químicos. Entretanto, já falei há dez anos sobre ambos os fatos, mas os intelectuais do Japão, diferentemente daqueles dos Estados Unidos, têm a tendência de nem ligarem para novas teorias. Além disso, justamente por eu ser um religioso, ele não deram a mínima atenção e vieram encarando minha teoria supersticiosamente. É bem claro o quanto esse ponto de vista atrapalha o progresso da cultura. Creio que puderam entender pelo que foi exposto, mas, de qualquer forma, se o pecado, o remédio e os fertilizantes artificiais forem os fundamentos da doença, eliminar esses três males deve ser o primeiro dos objetivos para a salvação da humanidade. Entretanto, o remédio e o fertilizante podem ser eliminados a partir deste momento, imediatamente, mas o maior problema é o pecado. Este, é claro, não tem outro meio de solução a não ser através da religião. Mesmo assim, podemos dizer que não existe uma religião capaz de realizar isso. E, se a religião que preenche essas condições é a nossa Sekai Meshiya Kyo, a minha responsabilidade é enorme. Nesse sentido, estou a tocar o sino da advertência aos intelectuais do mundo inteiro, através deste livro.
A esse respeito, tenho um fato muito importante a comunicar de antemão. Escreverei em seguida.