CAPÍTULO 12 – PNEUMONIA E TUBERCULOSE

Pneumonia e tuberculose são as doenças mais estreitamente vinculadas à gripe. Essas duas moléstias têm causado muitas vítimas, especialmente no Japão. Necessária se torna, portanto, uma explanação adequada.

Tanto a pneumonia quanto a tuberculose têm sua causa inicial na gripe. Já vimos que os tratamentos médicos se esforçam ao máximo para tolher a ação purificadora da gripe, recorrendo aos mais diversos métodos. Destes, os piores são os medicamentos e as bolsas de gelo. Por natureza, todos os remédios são venenos. Por que então se utilizam venenos como remédio? Porque, como já vimos, são mais eficazes para tolher a ação purificadora. Substancialmente, a ação purificadora é um poder curativo natural de que todo ser humano é dotado desde o nascimento para eliminar as toxinas do interior do corpo. Dependendo da força de seu poder curativo natural, a capacidade purificadora de cada pessoa será mais forte ou mais fraca. Há muitos tuberculosos entre os jovens porque neles é mais intensa a força purificadora, que diminui na meia idade e na velhice. Eis porque as doenças contagiosas atingem mais os jovens e as crianças.

Quando surge uma doença, isto é, uma purificação, a medicina esforça-se ao máximo para tolhê-la. Para tolher uma purificação é preciso, antes de mais nada, enfraquecer o vigor físico. A única maneira de enfraquecer o vigor físico é introduzir veneno no corpo. Debilitando o vigor físico, enfraquece-se a purificação, aliviando também os sintomas da enfermidade.

As bolsas de gelo tampouco são recomendáveis, porque baixam a febre que dissolve as toxinas. Enfraquecendo-se a purificação, as toxinas voltam a solidificar-se, com o conseqüente alívio do sofrimento. O mesmo se aplica aos emplastros, embora estes atuem de outra maneira. O corpo humano transpira incessantemente pelos poros. O emplastro bloqueia os poros, interrompendo a purificação da parte afetada. Por isso, verifica-se um alívio dos sintomas.

Ultimamente, as injeções entraram em moda, porque os remédios que contêm um forte veneno podem causar intoxicação, quando ingeridos. Por isso, esses mesmos remédios passaram a ser injetados.

Quando a purificação da gripe é interrompida por meio de drogas e outros métodos, apenas uma parte das toxinas é eliminada. A maioria permanece e volta a solidificar-se, agora acrescida de novas toxinas. Assim, a cada gripe aumentam as toxinas e, quando estas atingem um certo grau, ocorre uma atividade purificadora drástica, que é a pneumonia. O indivíduo, como já vimos no capítulo anterior, terá de resgatar sua dívida de uma só vez.

A característica especial da pneumonia é a acumulação de grande quantidade de catarro nos pulmões, que produz roncos e sibilos. Roncos e sibilos que traduzem o atrito do catarro nos bronquíolos pulmonares. O catarro também dificulta a respiração, porque sua presença em grandes quantidades reduz a capacidade dos pulmões, obrigando o doente a inalar com mais freqüência, a fim de receber a necessária quantidade de ar. Se nenhum tratamento médico for ministrado, deixando-se a pneumonia seguir o seu próprio curso, o doente se recuperará normalmente depois de removida a necessária quantidade de catarro.

O tratamento médico, porém, procura tolher a purificação por todos os meios. Remédios especialmente fortes, contendo venenos igualmente fortes, são usados contra a pneumonia, por causa de sua maior potencialidade para tolher a purificação. Entre a forte purificação e a forte tentativa de tolhê-la, cria-se um atrito, cujo resultado é um forte sofrimento. A falta de apetite e a febre elevada solapam a vitalidade, e a fraqueza resultante pode culminar com a morte.

A pneumonia é uma purificação violenta que só pode ocorrer nos organismos de constituição vigorosa. Já nos organismos mais fracos, produz-se uma purificação lenta, que é a tuberculose. Numa consulta médica inicial, o método mais decisivo para se constatar a existência de tuberculose são os raios X, porque revelam a existência de manchas e cavidades nos pulmões. A medicina, porém, ignora a sua causa. Passarei a descrevê-la.

A causa das manchas e cavidades são os métodos utilizados para tolher a purificação da gripe, impedindo que as toxinas liquefeitas, infiltradas no pulmão, sejam excretadas. Em conseqüência, o catarro, em lugar de ser eliminado, permanece no pulmão, onde, ao fim de algum tempo, se solidifica. Isto aparece nas radiografias sob forma de manchas. Portanto, foram inteira e artificialmente produzidas pelo homem. Quando os corpos líquidos recém-penetraram no pulmão, este não apresentava nenhuma anormalidade. Quando o catarro se solidifica em pontos situados na parte relativamente superior do pulmão, produz-se a chamada pneumonia catarral ou então a adenite tuberculosa hilar.

A amiloidose pulmonar é uma moléstia semelhante às anteriores. Nesta aparecem ligeiros sintomas de irritação do diafragma. Neste caso, foram toxinas solidificadas localizadas na região das costelas que, ao serem dissolvidas pela purificação, se infiltraram no pulmão com o fim de estimularem a formação de catarro, para junto a este serem expelidas. Também nesse caso a doença não se cura facilmente com o tratamento médico que tenta resolidificar as toxinas. Mas todos esses casos serão normalmente curados se a purificação não for interrompida.

Uma vez diagnosticada a tuberculose, o tratamento médico faz o possível para tolher a purificação, como ocorre com a gripe comum. E o repouso é enfaticamente recomendado. O repouso, entretanto, é perigoso. Se até mesmo um homem saudável, guardando repouso durante um mês, perde o apetite e parte de sua vitalidade por falta de exercício, empalidecendo e enfraquecendo visivelmente e sentindo falta de ar ao menor esforço, quanto mais uma pessoa doente. Além disso, a introdução de toxinas medicamentosas no corpo e uma alimentação rica em proteínas animais, sob a alegação de ser mais nutritiva, contribuem para acentuar o enfraquecimento. Tal tratamento debilitaria até mesmo quem não fosse tuberculoso.

Em conseqüência desses métodos que debilitam o organismo, ocorre uma considerável diminuição da força da purificação. Os sintomas diminuem até o doente ficar sem febre e sem tosse, cessando a expectoração. E todos se alegram, julgando que está restabelecido. Na verdade, porém, ele apenas retornou ao estado anterior à purificação. Pior ainda, suas toxinas aumentaram e seu vigor físico se debilitou. A moléstia adquiriu um caráter passivo, pois, não estando ele realmente curado, houve apenas um adiamento temporário. A qualquer momento, porém, o seu estado pode reativar-se com uma piora repentina, e a doença, agora bem mais grave, atinge um ponto crítico, podendo resultar em morte. Essa evolução das moléstias é de pleno conhecimento médico.

Curiosamente, os médicos japoneses usam a expressão “endurecer” e não “curar”, no que diz respeito à tuberculose. Durante o tratamento, após qualquer esforço físico, sobrevém uma febre. Imediatamente vem a advertência do médico, recomendando o repouso. É que o exercício estava provocando a reativação da purificação, que se havia acalmado. Portanto, o exercício é, na verdade, bom. Freqüentemente ouvimos falar de pessoas que, depois de se submeterem a um longo período de tratamento, são consideradas curadas. Elas retornam tranquilamente às suas atividades normais, mas a doença logo ressurge. É que as toxinas solidificadas no curso de muitos anos, de repente, começaram a dissolver-se.

Penso ter deixado claro, assim, que os tratamentos médicos da atualidade estão errados em sua essência. E posso dizer sem receio que a exacerbação dos sintomas da tuberculose é produto do próprio tratamento médico instituído.

Falemos agora sobre o bacilo da tuberculose, que a medicina considera transmissível. Há casos de tuberculose adquirida por contágio, mas, na maioria das vezes, o bacilo da tuberculose surge naturalmente. Quando o tratamento impede que as toxinas infiltradas no pulmão sejam expelidas sob a forma de catarro, elas se solidificam. Com o correr do tempo, as toxinas se deterioram, dando origem às bactérias, que são os bacilos da tuberculose. Esse catarro é malcheiroso e muito viscoso. Pense bem. Qualquer matéria apodrece, ao envelhecer. Com a decomposição, aparecem bactérias. Esta é a regra geral da matéria. Para isso, contribui uma condição favorável, que é a temperatura do corpo.

Pode-se compreender assim, que, se um indivíduo, ao contrair uma gripe, eliminasse a maior quantidade possível de catarro dos pulmões, nada disto ocorreria. Mas os esforços para impedir a sua eliminação provocam a decomposição do catarro, no qual surgem os bacilos, os quais, digerindo o tecido pulmonar, provocam o aparecimento da caverna pulmonar. Portanto, pode-se dizer que os esforços visando a impedir a eliminação do catarro, embora bem intencionados, tornam-se prejudiciais. Enquanto esse erro não for compreendido, continuará a aumentar o número de vítimas.