A relação entre a Terra e o aumento das manchas solares; O fogo do Sol e da Terra; a relação entre a Terra e o Sol, a Lua, as estrelas e demais corpos celestes; estrelas brilhantes e estrelas sem brilho
As manchas solares são o centro do Sol. Su ( ) consubstancia tal forma. Cada ser humano é su; é o Deus Supremo. Os fatos relacionados a Kannon Kai fluem a partir do supremo Deus. É o que, na China, chamam de tentei; mukyoku[1].
O Sol é o centro do Universo. Os seres humanos existem apenas na Terra e esta, por sua vez, é o centro dos corpos celestes. No Universo, a Terra está rodeada pelo Sol, pela Lua, pelas estrelas e pelos demais corpos celestes.
Existem estrelas brilhantes e aquelas sem brilho. Não é possível ver as estrelas sem brilho, porque não irradiam luz. Porém, elas começam a brilhar depois de algum tempo e tornam-se visíveis. Eis o que vem a ser a descoberta de uma nova estrela e muitas outras ainda serão descobertas.
Sol e Terra são como espelhos voltados um para o outro. As manchas solares controlam o Sol num todo. São o ponto de origem do calor e da luz. Seriam como as sementes de uma fruta. Não há grande significado no fato delas aumentarem ou diminuírem de tamanho.
Tanto a Terra como o Sol respiram, e o Universo está vivo.
Ocorrem mudanças cada vez que o Sol respira e o fato das manchas solares ficarem maiores a cada onze anos significa que o processo de inalação e exalação dura onze anos. O aumento de tamanho das manchas solares tem certa influência, mas isso não chega a ter grande significado.
O calor do Sol é de caráter espiritual. Já o calor da Terra é de caráter físico.
A Terra é nutrida por meio dos raios cósmicos que a ligam ao Sol, à Lua, às estrelas e aos demais corpos celestes, proporcionando-lhe força para renovar-se e desenvolver-se. É algo que, em linhas gerais, assemelha-se ao calor. Este, por sua vez, é absorvido pelo núcleo da Terra.
1948
Traduzido pela Equipe Jinsai
[1] N.T.: Tentei (shangdi, em chinês) é o termo para expressar Deus Supremo na dinastia Han (206 a.C. até 220 d.C.), e pode ser traduzido como "Imperador do Céu" ou "Soberano do Céu", interpretando-se como "Senhor das Alturas", "Altíssimo", "Deus nas alturas", "o Deus Supremo" ou "Deus Celestial". Por outro lado, mukyoku (wuji, em chinês) é o termo para expressar o estado primordial do universo, algo que antecede ao surgimento do taiji (grande polaridade) e das duas forças ying e yang. Mukyoku, geralmente, é representado por um círculo vazio.