Acredito que existem aproximadamente duas maneiras de compor poesia.

A primeira poderia ser considerada uma sabedoria artística que habilmente capta a singularidade das imagens, uma espécie de sagacidade ou desenvoltura na interpretação dos assuntos. Esse tipo de poeta vê de lado imagens que normalmente são observadas de frente, tentando apreender diferentes aspectos em seu interior. Este processo poderia ser chamado de uma forma de retro iluminação. O tema ou assunto é secundário. A outra maneira de compor poesia é formar um poema na convicção de que as ocorrências diárias, assuntos e coisas importantes encontradas no dia-a-dia podem ser o assunto de um poema celebrado em última instância. Acredito que ambas as abordagens vão a extremos e não são o que é real. Em outras palavras, acho que a melhor atitude é se dedicar a melhorar os aspectos que podem faltar em ambas as perspectivas.

Brisa de Pinheiro, Volume 2, Edição 4, abril de 1933

Traduzido pela Equipe Jinsai