É preciso conhecer o grande e profundo significado deste Shinsen-Kyo que – excluindo-se o Museu de Belas-Artes – está quase pronto. Originalmente, o intento de Deus de ter criado o Japão é de torná-lo o parque do mundo. Basta observar a Natureza nipônica para compreender o fato. Não apenas o panorama natural, mas a beleza paisagística, bem como a imensa variedade de espécies botânicas, são peculiaridades exclusivas do Japão: essa é a opinião unânime daqueles que conhecem a fundo o exterior. A tal respeito, quando comparamos o território japonês a um parque, Hakone seria o parque dos parques. Escusado dizer que é o lugar ideal por excelência, mesmo por sua localização. Hakone situa-se no centro do Japão; avista-se dali, próximo a Fuji, montanha mundialmente famosa, e é de fácil acesso, já que se localiza na divisa das regiões Leste e Oeste do país. Outro fato incomparável é a sua condição primeira como sítio de rara beleza paisagística. Ademais, existem neste local fontes térmicas, um grande lago, suas montanhas não são altas nem baixas, tampouco existem despenhadeiros que inspirem medo – pelo contrário, o seu delineamento montanhoso é suave e maravilhoso, fazendo com que nos familiarizemos com ele. Naturalmente, também os seus regatos são belos, contando com cascatas, ainda que pequenas. Hakone reúne, pois, todas as condições de lugar excelente. A par desta minha descrição, o local tem algo de bom, de simplesmente agradável. Por natureza, eu aprecio águas termais, não havendo quase nenhuma que eu não tenha pesquisado na Região Leste do Japão. Todavia, creio não haver alguma que supere as de Hakone; daí a razão da minha escolha. Concretizando um sonho de algumas décadas, resolvi finalmente fixar minha residência aqui em Gora. Isso acabou culminando com a inauguração, hoje, do protótipo do Paraíso Terrestre.
Como me referi anteriormente, o parque do mundo é o Japão, e o parque do Japão é Hakone. Acresce-se a tal fato que o sítio de Gora situa-se na posição mais pitoresca de Hakone, o que permite chamá-lo de “O Parque de Hakone”. Curiosamente, o Shinsen-Kyo fora antes um jardim japonês e, agora, abaixo dele, há um parque no estilo ocidental. Logo, é de se deduzir também dessa perspectiva que o local fora outrora preparado por Deus. Pela explicação acima – se bem que suscinta – poderão compreender que o Shinsen-Kyo é um desígnio profundo e sutil da Divina Administração do Senhor Deus. Ainda neste sentido, é possível afirmar que o culto de hoje, destinado a comemorar o primeiro passo rumo à construção do Paraíso Terrestre, é um evento auspicioso de caráter mundial.
Eiko, nº 70
20 de setembro de 1950